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Mulheres pós-menopausa devem usar testosterona?

Recente foi publicada uma declaração pelo The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism sobre a prescrição de testosterona para mulheres.

Como se sabe muito pouco sobre a deficiência androgênica, “há uma incerteza considerável sobre quais mulheres poderiam se beneficiar potencialmente da terapia com testosterona” – diz Michael Irwig, diretor do Centro de Andrologia da Universidade George Washington.

A declaração é enfática que a terapia com testosterona deve ser usada apenas para mulheres na pós-menopausa e apenas para tratar o distúrbio de desejo sexual hipoativo (HSDD). Esse tipo de disfunção sexual feminina é definido como uma falta persistente de fantasias sexuais e desejo por sexo que causa angústia para a mulher ou seu relacionamento íntimo.

Na falta de evidências, a declaração não recomenda terapia de testosterona para o distúrbio de excitação sexual feminina, uma condição na qual as mulheres não conseguem alcançar ou manter uma resposta genital adequada durante o sexo. Assim como também não há recomendação para uso de terapia de testosterona em mulheres com sintomas de ondas de calor (fogachos), dor de cabeça, depressão e humor baixo. Também não é recomendado para melhora de humor, cognição e bem-estar geral. Não há benefícios nos tecidos musculoesqueléticos, apesar do grande interesse no uso da testosterona para a saúde óssea feminina.

Além disso, a segurança de testosterona em altas doses para mulheres não foi estabelecida, portanto a nova orientação recomenda uso de pequenas quantidades para aumentar testosterona de uma mulher para suas concentrações aproximadas de testosterona pós-menopausa, que normalmente está no quartil superior do intervalo de referência.

Mulheres pós-menopausa a terapia com testosterona com baixa dose teve efeito moderado se traduzindo por 1 evento sexual satisfatório adicional ao mês, com aumento do desejo sexual, excitação, orgasmo, capacidade de resposta e uma redução no sofrimento da mulher por disfunção sexual.

Porém, nem todas as mulheres respondem à terapia com testosterona. “Cerca de 60% das mulheres terão melhorias reais, cerca de 20% não mudarão e cerca de 20% piorarão porque a baixa testosterona não tem nada a ver com sua disfunção sexual.” Disse Davis co-autor da declaração. Se não houver benefício em 3-6 meses, deve-se interromper o tratamento.

Na declaração não inclui mulheres com alto risco cardiovascular ou terapia de longo prazo. Apesar de não ter associação, pede-se cautela na prescrição para mulheres com câncer de mama sensível a hormônios. Também, recomenda-se o uso de Testosterona não oral, como creme e géis tópicos, que não interferem em perfil lipídico. Deve-se evitar injetáveis, pallets ou outras formas que criem excesso de andrógenos. Já a testosterona preparada em farmácia de manipulações, que não são rigorosamente regulamentadas, deve ser evitada.

DRA. MORGANA REGINA RODRIGUES - ENDROCRINOLOGISTA CRM 34563 - 2019 Todos os direitos reservados. Proibida a cópia total ou parcial do conteúdo deste site. Politica de Privacidade.

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