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Células de defesa como macrófagos e linfócitos, expressam receptores para a vitamina D. Além disso, existe a hipótese de que a diminuição nos níveis da vitamina D, que acontece nos meses de inverno, poderia explicar o aumento do número de infecções respiratórias virais. Porém, defender o uso da vitamina D como estratégia de prevenção ao Coronavírus ainda é um grande equívoco.
Em 2017, o British Medical Journal, publicou uma revisão de 25 estudos sobre o uso de vitamina D como prevenção de doenças respiratórias agudas. No total, foram avaliados mais de 10.000 pacientes. O uso da vitamina D reduziu em 1,9% a incidência de infecções, especialmente naqueles com nível de vitamina D menor que 10ng/dl. No entanto o uso da vitamina D não foi capaz de reduzir eventos adversos graves, como pneumonias, necessidade de hospitalização ou morte. O uso da vitamina D não foi 100% eficaz. Para cada 52 pacientes que fizeram uso do tratamento, somente 1 se beneficiou, restringindo melhora de sintomas leves: coriza, tosse ou febre. Também o uso de megadoses não foi tão eficaz quanto a reposição em doses habituais.
Recentemente, foi publicado um estudo pela Universidade de Turim em que administrar vitamina D poderia fazer parte da prevenção e tratamento do COVID-19 pela melhora da imunidade, porém são necessários estudos clínicos randomizados para melhor esclarecimento e, somente então, poder indicar ou não o tratamento. Não há dúvida que todo paciente com deficiência de vitaminas deve ser tratado, mas não podemos afirmar, no momento, que administrar mais vitamina D vai melhorar imunidade.
DRA. MORGANA REGINA RODRIGUES - ENDROCRINOLOGISTA CRM 34563 - 2019 Todos os direitos reservados. Proibida a cópia total ou parcial do conteúdo deste site. Politica de Privacidade.